Análise semiótica show de truman
O filme conta a história de Truman, que desde que nasceu faz parte de um reality show onde, mesmo sem saber, é o personagem principal de uma encenação de sua própria vida.Ou seja, Truman passa grande parte de sua vida em um estúdio que imita vários aspectos do mundo real e convive com atores que ‘fingem’ ser seus amigos, colegas de trabalho e até mesmo seus familiares e sua esposa.Dessa forma, analisando semióticamente, Truman vive em um mundo totalmente simbólico, pois tudo que existe para ele é apenas uma representação de algo que seria convencional e cultural.
O reality show passado no filme explora momentos cotidianos da vida de Truman para fazer merchandising dos patrocinadores do programa. Anunciantes esses que financiam a Indústria Cultural que é criticada no filme.
Em seu livro “Cultura de massa no século XX”, Edgar Morin diz que cada vez mais a criação tende a se tornar produção. No caso do filme toda espontaneidade e originalidade da vida de Truman dão lugar a uma grande produção, ou seja, uma vida controlada e de certa forma padronizada. A vida de Truman torna-se um mero produto da Indústria Cultural que vende aos telespectadores do programa não só marcas e produtos como também idéias e emoções.
Além disso o próprio Truman é vítima dessa indústria. Não só fisicamente, por ter sido ‘aprisionado’ em um estúdio desde que nasceu e por viver em uma ‘sociedade’ dirigida: com atores, scripts e capítulos, assim como uma novela. Mas também vítima psicológica, pois todos os canais de comunicação e até mesmo os produtos disponibilizados a Truman são monopolizados pelos patrocinadores do programa.
O filme, que também é produto da Indústria Cultural, faz seus consumidores se colocarem no lugar de Truman e pensarem até que ponto essa cultura de massa, produzida de certa forma em série, influência em suas vidas e na sociedade em