Análise semiótica - estudo sobre a identidade da revista oi
Em 2002, a empresa de telefonia móvel Oi lançou a Revista Oi, um veículo de comunicação com a finalidade de contribuir com a formação da imagem da marca, favorecer a fidelização dos clientes e estimular o uso dos serviços prestados pela operadora. A revista foi criada a partir da linguagem da Oi, extremamente sofisticada do ponto de vista editorial e gráfico, transmitindo assim, uma imagem jovem e de novidade.
No início, 90% de cada edição eram distribuídos diretamente para famílias de clientes Oi em 14 estados brasileiros, e o restante da tiragem ia para bancas selecionadas do Rio de Janeiro e de São Paulo (REVISTA Oi, 2005).
A publicação tem um formato mais largo que o normal (25,5cm X 30,5), textos curtos e fotos superproduzidas. Possui em média 104 páginas, circula bimensalmente e tem uma tiragem de 100 mil exemplares.
Trata-se de uma publicação customizada, que exercita uma linguagem editorial híbrida (jornalística e publicitária), e que toca a alma de seus clientes ao mesmo tempo em que defende interesses da empresa.
Diante disso, temos como objetivo analisar duas edições da Revista OI constroem a isotopia figurativa e temática entre a capa e as páginas que publicam as suas respectivas matérias. Para isso, utilizaremos a semiótica francesa como instrumento de análise.
Segundo Fiorin, “figura é todo conteúdo de qualquer língua natural ou sistema de representação que tem um correspondente perceptível no mundo natural” (Fiorin, pg 65), e tema “é um investimento semântico, de natureza puramente conceptual, que não remete ao mundo natural, são categorias que organizam, caracterizam, ordenam os elementos do mundo natural” (Fiorin, pg 65). Portanto, textos temáticos apresentam esquemas narrativos abstratos revestidos com temas, produzindo um discurso não figurativo, explicando a realidade, classificando e ordenando-a, estabelecendo relações e dependências, e textos figurativos são aqueles que utilizam as figuras para concretizar um