Análise Semiótica do filme "Foi Apenas um Sonho" (2008)

Análise Semiótica da Obra:

Foi Apenas um Sonho (2008):

Este longa conta com passagens muito interessantes de serem avaliadas, inclusive semioticamente. Nele, Sam Mendes trabalha bastante a ideia do dilema da monotonia na qual a vida pode cair, contrapondo-se com a falta de discernimento que atinge uma pessoa que tenta escapar dessa encruzilhada: a rotina, e explora a saída da zona de conforto. De um modo geral, o filme trata de uma família composta por um pai , Frank (Leonardo DiCaprio) e uma mãe, April (Kate Winslet), com um casal de filhos pequenos. Frank e April consideram-se um casal feliz, até que percebem que estão vivendo uma vida completamente sem perspectiva, novidades. E para acabar com essa tortura, decidem começar tudo de novo em Paris, lugar o qual Frank visitou e ficou maravilhado. Como personagens, April é aquela que indica a Primeiridade, pois é impulsiva, quem age de acordo com suas emoções. Além disso, podemos perceber uma escolha de nome para a personagem muito intrigante, já que April é a palavra usada para Abril, em inglês. No mês de Abril, os Estados Unidos, desfrutam da primavera. Tal estação do ano pode ser considerada como um recomeço, o renascer das flores, da vida. Ou seja, a personagem April é aquela que não pensa antes de agir, e fazer suas propostas; totalmente emoção. Isso pode ser percebido ao longo da trama. Já Frank, é uma personagem que vive a Secundidade, no conflito entre a emoção e a razão, aquilo que quer e aquilo que acredita ser melhor. Foi para a guerra, e através do exército conhece Paris; a partir disso visualizamos um paradoxo, pois a guerra - tão sombria, obscura e pesada - é quem lhe proporciona a visita à Paris - a “Cidade Luz”, que é leve, artística e ilumidada. Na verdade, Frank gostaria de procurar algo novo para começar outra vida, afim de poder satisfazer-se, mas, ao mesmo tempo, aceita primeiramente a ida permanente para a capital francesa, receoso por aquilo que está deixando de lado, pois