Análise Semiótica de "Samba do Grande amor"
NOVEMBRO/2011
FFLCH – USP
1. O que é semiótica? Semiótica é o estudo da significação e seus efeitos, em todos os campos. Isso nos faz crer que todas as teorias são um pouco semiótica, pois o ser humano está, na verdade, buscando a significação de tudo. É natural do ser humano se indagar sobre o que significa e somos os únicos seres a fazer isso. Assim como é natural que as significações evoluam. Por exemplo, ninguém mais pensa que uma turbulência no mar ocorra por causa da fúria de um deus. A Semiótica tenta, enfim, extrair significados comuns a todas as linguagens. O interesse é como a linguagem opera para produzir significação. A semiótica está interessada não com o conteúdo propriamente, mas em como ele está construído.
2. Origens da Semiótica A Semiótica tem uma base filosófica, com Charles S. Peirce. Este filósofo estudou o pragmatismo, com o intuito de pôr a filosofia em ação, de onde surge o pragmaticismo. Sua teoria semiótica dos signos se resume ao signo triádico e a verificação da correspondência do signo com a realidade. A semiótica de base lingüística vem de Saussure, que utiliza a produção dos discursos para entender suas regras e utilizações. Ao contrário da semiótica de Peirce, na lingüística o signo é diático e nos preocupamos mais em como se constrói o discurso e suas significações a partir do signo, e não com o signo em si. O papel do semioticista é estudar a estrutura da significação. Tal estrutura utiliza o mecanismo da linguagem. Ou seja, a linguagem produz efeitos de significação. Não precisamos entrar no cérebro para entender a significação, somente nos discursos.
3. Fontes da Semiótica. A lingüística de Saussure foi uma fonte da Semiótica. O principal conceito do lingüista utilizada na teoria semiótica é o de que “Língua é forma, não substância”. Em outras palavras, a gente opera com formas e não substâncias, pois forma é como a língua