Análise segundo Gehl de espaços, equipamentos e caminhos
- Bons caminhos: Para que uma área possua qualidade espacial e proporcione uma melhor experiência ao pedestre, é necessária uma composição cuidadosa dos espaços que respeitem algumas regras.
A hierarquização é fundamental para uma melhor legibilidade, onde facilmente percebe-se a localização dos pontos principais de uma área, pela sua composição e/ou por seu tamanho. Dessa forma, se bem compostos e dimensionados, os principais pontos são facilmente identificados pois também concentram a maioria dos pedestres, se compararmos aos espaços adjacentes. Segundo Gehl (2010, p. 67): “ As palavras chaves para estimular a vida na cidade são: rotas diretas, lógicas e compactas; espaços de modesta dimensões; e uma clara hierarquia segundo a qual foram tomadas decisões para a escolha dos espaços mais importantes.”
Ruas que possuem um bom tratamento são muito mais atrativas ao público do que ruas de aspectos ruins, são variados os quesitos que qualificam uma rua, como, insolação, arborização, mobiliário adequado, piso em bom estado e elementos atrativos, como boas fachadas por exemplo. Como resultado as ruas que proporcionam estes elementos geram maior fluxo e permanência de pessoas.
Proporcionar uma variabilidade de caminhos, é fundamental para provocar o pedestre a descobrir a cidade, segundo Jacobs (2000, p. 197): “A maioria das quadras deve ser curta; ou seja, as ruas e as oportunidades de virar esquinas devem ser frequentes.”
Porém a criação de novos caminhos não é necessariamente a criação de bons caminhos, para isto também é necessário a criação de atrativos e de um bom tratamento, como já mencionado acima, para que estes “novos” caminhos adquiram a vitalidade desejada, e enfim possibilitando novas surpresas para o pedestre que deseje se aventurar por novos percursos.
- Bons equipamentos: A boa disponibilidade de equipamentos devidamente localizados, faz com que os espaços adjacentes não sirvam