Análise Poderoso Chefão

O Poderoso Chefão, de Mario Puzo, cujo trilogia foi dirigida por Francis Ford Coppola, conta a história da família Corleone, iniciada em Nova Iorque pelo imigrante italiano Vito Andolini, posteriormente conhecido como Dom Vito Corleone.

O filme mostra toda a dominação exercida por Vito Corleone e sua família na cidade, dominação e poder conseguida por meio de troca de favores. No filme, é possível observar bem os tipos de dominação proposto por Max Weber. Dom Vito Corleone exerce uma dominação tradicional, se observarmos o aspecto familiar, em que ele se encontra na posição de patriarca, sendo assim respeitado. É claramente visível o poder desta dominação entre os membros da família Corleone devido o tratamento e o respeito dado ao Dom, como no ato de se beijar a mão de Vito ao cumprimentá-lo.

Outro tipo de dominação observado é a dominação legal, que é visto nos contratos firmados entre a família Corleone e diversos empregados, tais como seguranças, capangas, fornecedores, dentre outros. Também é possível observar nesta relação uma clara burocratização, visto que existe contratos firmados entre as partes envolvidas. Ainda sim, é possível observar também uma dominação tradicional entre os Corleone e os seus subordinados, visto que o conceito de trabalhar para a família já é algo antigo e respeitado.

Entretanto não é possível falar que Vito Corleone exerce uma dominação carismática, visto que ele não foi colocado no cargo que ocupa por ninguém, e suas ações muitas vezes são debatidas e não tão bem aceitas por todos.

Com isto, a obra de Puzo é uma ótima representação do poder da máfia nos Estados Unidos no começo meio do século passado, e as ações racionais envolvidas nos relacionamentos entre todos com os Doms, que exerciam dominação de diversos tipos em seus subordinados e familiares.