Análise Patologias Sexuais
INSTITUTO DE PSICOLOGIA
CURSO DE INTRODUÇÃO A PSICOPATOLOGIA
GABRIEL CARLOS SALMORA FERREIRA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO
SÃO PAULO
2014
Introdução: Os estudos dos transtornos e disfunções sexuais começaram a partir da crítica do que seria considerado normal dentro do comportamento sexual. Na década de 50, o não patológico considerado para a atividade sexual era a conduta heterossexual, algo que vinha de muito antes de tal data e se situou (como, infelizmente, ainda se situa) na mentalidade de muitas pessoas. No entanto, no ano de 1948, ocorreu uma das primeiras publicações que questionavam tal encadeamento. As publicações de Kinsey, extremamente controvérsias a época e também aos dias atuais, permutou um estudo no qual se estudava o comportamento sexual da população americana daquela época. As publicações chocavam diretamente os conhecimentos e crenças sexuais da época e demonstrava que há muito mais na relação sexual do que apenas os órgãos genitais. E, de fato, haveriam diversas manifestações sexuais as quais pouco eram conhecidas ou creditadas. Tal constatação fez com que critérios começassem a ser utilizados para definir: o que seria um comportamento sexual patológico, e o que seria o “normal”, com diversas publicações e constatações sobre o tema. Neste trabalho, usufruiremos do DSM V como método de classificação e categorização das disfunções sexuais, mantendo-se um enfoque em algumas delas.
Masters e Johnson, um casal de terapeutas americanos, desenvolveram, na década de 60, um ciclo de resposta sexual, que era constituído em: excitação, platô, orgasmo e resolução, um esquema que era comum a ambos os gêneros, ou seja, pretendia-se dele uma universalidade e já uma visão menos heteronormativa das relações sexuais. De forma resumida, considerava estímulos sexuais internos (fantasia, desejo) com externos (tato, olfato, visão), indicaria a