Análise "Os Lusiadas
Palavra de origem Grega, epos – Povo e peia – Cantos de Louvor.
Trata-se de narrativa escrita em versos de uma estória destinada a comemorar os feitos heróicos fora do comum, que retrata o próprio país ou toda a humanidade.
A epopeia serve de cenário para as aventuras do passado ou profecias de conquista do futuro.
Classificações da epopeia
• Epopeias naturais ou primitivas, que são aquelas de autores anônimos e espontâneos (Odisséia, Ilíada, Canção de Rolando, Cantar de Mio Cid, Canção dos Nibelungos).
• Epopeias artificiais ou de imitação, que são obras criadas por um único poeta, sem a imaginação popular (Eneida, de Virgílio; Os lusíadas, de Camões; Divina Comédia, de Dante), mas também por serem de encomenda com teor político.
A epopeia Os Lusíadas classifica-se como artificial, pois a obra foi escrita por um autor específico para responder a uma necessidade histórica bem definida.
Estrutura Externa
A estrutura externa é a análise formal.
A obra Os Lusíadas, está dividida em 10 cantos, os quais se subdividem em estrofes de 8 versos e os versos decassilábicos (dez sílabas métricas) cada uma. Essas estrofes chamam-se oitavas-rimas.
A estrofe apresenta o seguinte esquema de rima: abababcc
• Rima cruzada nos 6 primeiros versos, os ímpares e os pares formam dois grupos de rimas diferentes;
• Rima emparelhada nos dois últimos, o ímpar e o par formam um terceiro grupo de rimas.
Os decasilabos classificam-se em verso heróico, com acento rítmico na 6ª e 10º sílabas e verso sáfico, com acento na 4ª, 8ª e 10ª sílaba.
No total a obra tem 1102 estrofes com 8896 versos.
Estrutura interna
A estrutura interna relaciona-se com o conteúdo do texto.
1 - Proposição – (estrofes 1 a 3 do Canto I)
Apresenta o assunto do poema, que irá constituir o objeto da sua narração, isto é anúncio do assunto
2 - Invocação - (estrofes 4 e 5 do Canto I)
É a parte que se concentra a inspiração concedida por seres divinos ou