Análise juan domingo perón
Em 1943, após um golpe de Estado, Perón ganha um posto de secretário do trabalho, onde se utilizou de persuasão manipulativa para atrair a aceitação da massa sindicalista, fruto de sua simpatia com o fascismo italiano, fornecendo melhores condições de trabalho e salários mais altos. Neste momento, Juan era ilegal, pois o cargo que exercia lhe foi concedido por um presidente que tomou o poder através de um golpe militar. Tornou-se legítimo, pois tinha o apoio dos sindicalistas e dos operários.
Em 1945, Perón é derrubado por um golpe militar que foi apoiado pelas elites tradicionais, pois estas não sofriam as influencias populistas comuns no poder de Perón, e pelos Estados Unidos. Houve diversas revoltas populares a favor de Perón, dentre elas a Revolta dos descamisados, organizada pela Confederação Geral do Trabalho e por Evita Perón, sua esposa, na qual os participantes foram para as ruas e decretaram greve geral. Este acontecimento fez com que Perón reassumisse suas funções no governo, além de destacar o quanto ele era querido e adorado pelo povo, pois este personagem é, até hoje, visto como um verdadeiro herói na Argentina. Percebe-se, aqui, que Perón exercia um Poder de Fato, ou seja, aquele que se realiza na prática, mesmo que em desacordo com as leis vigentes.
Por conta da adoração popular, Perón se elege, em 1946, como presidente da Argentina. Nesta fase, tal governante era legal e legítimo, exercendo, portanto, um Poder de Direito, ou seja, além de ter o consentimento popular, foi votado por maioria, e assim pôde realizar a investidura legal do cargo. Até 1951, Juan Perón exerceu tal mandato, e seus atos políticos tenderam ao Poder Carismático, logo, autoritário, pois, ao mesmo tempo em que “acariciava” os trabalhadores, com inúmeros direitos trabalhistas, estabeleceu que todos os sindicatos deveriam ser legalizados pelo Estado , somente podendo existir um sindicato por ramo industrial, além de proibir