Análise filme chico e rita

Ilustração do amor cubano
Um filme sobre tanto que não se pode o limitar a um romance embalado com jazz e bolero, é a história de uma paixão jovem que envelheceu sem ser esquecida, da fama e ganância como empecilho ao amor, da relação do negro com a música e dos brancos com eles nos anos cinquenta, de Cuba e sua revolução, mas acima de tudo de Chico e Rita, o piano e sua voz.
O longa se introduz apático para que uma explosão de cores e movimento surpreenda e espectador, o tom vibrante e a dança das letras que formam o título vão caracterizando o território, o espaço que irá sediar a história e ao apresentar seu elenco as serifas desengonçadas possibilitam fluidez, assim como seu peso afirma sua identidade, quase que uma leitura do povo cubano, cheio de ginga e opinião.
O responsável por introduzir a história vivida há mais de quarenta anos atrás é o rádio, assim um senhor idoso encontra entre tantas notícias uma estação de música, na qual a canção tema do filme é tocada para que o homem que a escuta possa se lembrar com saudades de um passado doloroso, seu romance com uma bela cantora.
Rita, a protagonista, aparece pela primeira vez com um vestido amarelo vibrante, uma cor que não só a ressalta pela comparação com os tons frios das vestimentas dos demais personagens em cena, mas sim por ser latina, e durante todo o tempo em que a veste, sua identidade cubana está presente, mas quando deixamos de a ver e roupas mais sofisticadas substituem o velho vestido, o que se enxergaé mais uma voz cifrada fruto da
Brodway e Hollywood, diferente de Chico que não chega a mudar como também não alcança a fama, apesar de sua música, que rege o filme quase como um terceiro protagonista, chegar às rádios mesmo que sem seu título original, “Lily” substitui o nome “Rita” na canção.
Uma animação sem pudores quanto ao sexo, nudez e drogas, mas que realmente chama a atenção pelo traço do desenho extremamente simples e tão definido ao ponto de diferenciar sonho, em que o