Análise farmacocinética das diferentes vias de administração do Diazepam
A associação de pesquisas sobre a farmacodinâmica (que evidencia a magnitude dos efeitos dos fármacos no organismo) com dados farmacocinéticos, proporciona diversas vantagens. Dentre essas podem-se citar a compreensão dos motivos de ocorrência de efeitos inesperados, antecipação de dados sobre a metabolização e vias de transporte de substâncias semelhantes às que foram previamente estudadas, determinação da dose ideal para um paciente singular e a previsão de eventos que podem ocorrer devido à mudança da posologia (TOZER & ROWLAND, 2009 apud HIRANO, 2011, p.3).
Quatro processos fundamentais compõem o perfil farmacocinético no organismo: absorção, quando a via de administração é extravascular (EV), distribuição, biotransformação e excreção (RAMOS & SILVEIRA, 2002 apud HIRANO, 2011, p.2).
Figura GOODMAN e GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica. Mc Graw Hill e Artmed, 12° edição.
A partir da compreensão desses eventos é possível estabelecer a relação cronológica da dose, forma farmacêutica, frequência, via de administração e a concentração sistêmica do fármaco, sendo que a farmacocinética clínica envolve a aplicação desses dados na terapia de pacientes (TOZER & ROWLAND, 2009 apud HIRANO, 2011, p.2). De modo geral, consideram-se dois sítios de administração dos princípios ativos na farmacocinética.
Na via intravascular (IV), a aplicação da substância é realizada diretamente no sangue arterial ou venoso. Já o acesso EV, inclui as demais vias (intramuscular, oral, pulmonar, subcutânea, entre outras), nas quais após a introdução sistêmica, é necessário que o fármaco seja absorvido para que atinja o local de medida (TOZER & ROWLAND, 2009 apud HIRANO, 2011, p.4).
Os dois sítios de administração, do medicamento Diazepam, utilizados para a realização deste trabalho foram a via intraperitoneal e a via intramuscular, intravascular e extravascular respectivamente.
A substância ativa Diazepam faz parte do grupo dos benzodiazepínicos e possui