Análise Emergética de criação de camarões
Lagoa Guaraíra, Brasil
Sabe-se hoje em dia, que o camarão acaba por representar boa parte dos produtos marinhos comercializados internacionalmente. Grande quantidade do camarão comercializado provém de países em desenvolvimento gerando mutuamente emprego e oportunidades para muitas pessoas. O rápido desenvolvimento da Carcinicultura à nível mundial deve-se a criação de camarões marinhos e dos viveiros que foram multiplicados ao longo dos últimos anos. No entanto, sabe-se que há dois lados da história referente a Carcinicultura, ao mesmo tempo que melhora a renda de famílias e países em desenvolvimento, traz impactos ecológicos e sociais.
Dentre os principais impactos ecológicos podemos citar a salinização de mangues que acaba reduzindo mais ainda a cobertura de mata atlântica no país, salinizando inclusive as áreas próximas como terras agrícolas e solo. Os efluentes dos camarões acabam poluindo mais as águas marinhas gerando conflitos com autoridades ambientais.
O Brasil é um grande produtor de camarões sendo o terceiro maior produtor de camarão branco na América Latina. Sendo em 2004 produzido o equivalente a 75.900 toneladas (gene ABCC, 2004) o Rio Grande do Norte é o estado com maior índice de produção no Brasil.
A Lagoa Guaraíra está localizada no Rio Grande do Norte onde encontram-se sistemas semi-intensivos e intensivos na criação do camarão branco. Em 2002 foi implantado o modo de criação orgânico, utilizando dos artifícios da própria lagoa como fonte de alimento para os camarões sem utilizar mais o alimento industrializado. Sabe-se que os produtos naturais são mais apreciados pela população com o intuito de reduzir impactos ambientais e toxicológicos.
Informações cientificas sobre a sustentabilidade na aquilcutura são escassas e a medição dessa sustentabilidade ainda é um desafio enorme para os pesquisadores. Contudo, sabe-se da importância de enfrentar esse desafio,