Análise Durkheniana do Filme "A Vila"

1898 palavras 8 páginas
Análise Durkheniana do filme “A Vila”

O longa metragem “A Vila” é uma história onde encontramos uma sociedade (a vila) diferente dos padrões sociais do séc.XXI, constituindo uma espécie de comunismo, livre da influência capitalista do mundo globalizado, e para manter essa sociedade livre das influências do Estado moderno há o uso de um mito sobre criaturas que moram na floresta, impedindo a saída da vila (ela é cercada por uma floresta). Começaremos nossa análise a partir da teoria que o objeto de estudo da sociologia, para Durkheim, é o fato social, Um objeto que apresenta características como coercibilidade, exterioridade e generalidade. Através dessa teoria encontramos certo determinismo social embutido, considerando que o indivíduo sofre uma coerção social para realizar ações que a sociedade o provoca a fazer. Isolando a vila em questão vemos na mesma, mecanismos de coerção através do mito das criaturas da floresta, lenda essa que impede os moradores da vila saírem do limite demarcado pelos anciões (líderes políticos).

Na sociedade em questão, a vila, há um processo de padronização de valores morais, que apresentam, segundo Durkheim, uma face de exterioridade. De fato, os valores ensinados pelos anciões para preservar a vila de influências exteriores a ela (lugares capitalistas) demonstram uma exterioridade que coloca o indivíduo sobre controle, ditando comportamentos e atitudes.

A generalidade dos fatos é evidente, possuem uma padronização de valoração, o que é aceitável é considerado natural, pois são importantes para a convivência harmônica da sociedade, porém há também os fatos patológicos, que são abolidos e considerados extintos, todos os comportamentos da vila possuem uma generalidade natural e fatos patológicos são raros de acontecer.

Resumindo essa primeira parte da análise da vila, do filme de mesmo nome, conclui-se que os fatos sociais apresentados nessa sociedade possuem as características da teoria Durkheiniana

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