Análise: Drama como Método de Ensino de Beatriz Cabral
Mellany Viaro Gobbi De Mattos¹
“Ao conduzir e articular um processo o professor, como diretor e dramaturgista, estabelece um contexto de ficção a partir do pré-texto que definiu previamente” (p.22)
Ao desenvolver a leitura e compreensão das perspectivas da autora, pude relacionar mais certeiramente, sua concepção de “professor-personagem” ao cotidiano das professoras da educação infantil e das séries iniciais, onde atualmente sou voluntária, visto que o professor deve possui um perfil polivalente, com o intuito da interdisciplinaridade, com a abordagem de temas específicos e/ou abrangentes, de acordo com a necessidade do mesmo.
Pude compreender que as aulas devem ser desenvolvidas em Episódios e que cada episódio só deverá ser montado de acordo com a finalização do anterior, pois no quesito de encenação/improvisação há muitos fatores que podem alterar os esquemas pré-montados, apesar de existir o pré-texto que serve de guia.
O “professor-personagem” possuirá três possibilidades de permissão da autonomia dos discentes/alunos:
“Status alto: rei, capitão, líder, [...] diretor de escola, etc.
Status intermediário: secretário, representante de alguma autoridade, membro da comunidade ou da tripulação, etc.
Status baixo: pedinte, vítima, refugiado, aprendiz, etc.”
(p. 21) Ou seja, em cada status, o professor delega um determinado tipo de autonomia para os alunos e/ou conduz mais ou menos o encaminhamento do episódio, por exemplo, no nível alto o professor adquire essa postura com o intuito de auxiliar uma turma iniciante/tímida e conduz com mais autoridade o enredo.
Já no nível baixo o professor delega totalmente a autoridade e a condução do episódio é feita pelos alunos, geralmente essa postura é usada para fins de avaliação. O nível intermediário, geralmente utilizado para permitir a autoridade do professor, concede aos alunos a autonomia necessária para desenvolver e encaminhar o