Análise do filme "A qualquer preço".
O drama exposto no filme “A Qualquer Preço” trata de um exemplo clássico da condução de um processo judicial ambiental, em que uma sociedade de advogados bem-sucedidos volta-se em defesa de um povoado de Massachusetts supostamente afetado por uma contaminação química da água de abastecimento municipal. Interpretando o advogado das vítimas, John Travolta lidera uma equipe de assistentes técnicos ambientais para a condução de um processo judicial no qual se fazem necessários exames, vistorias e avaliações na busca do reconhecimento da verdade sobre o objeto da lide.
Na história analisada, a grande concentração de doenças e mortes em condições similares sofridas pelos habitantes da pequena cidade serviu-se como primeiro indicador de que algo com o ambiente estava em desequilíbrio. Casos de leucemia com subsequentes óbitos, problemas imunológicos, convulsões, abortos espontâneos e diversos outros sintomas epidemiológicos fora das séries estatísticas normais, demonstram que condições ambientais adversas podem ocasionar perdas significativas, como mortes e diminuição da qualidade de vida da população.
Paralelamente ao drama particular do advogado, que se transforma de um personagem ganancioso a um verdadeiro idealista motivado pelos direitos e sofrimento das vítimas, o filme relata a saga dessas pessoas pela realização da justiça, mesmo que esta, ao final, não recompense integralmente as suas perdas. Mas, sem dúvida, a luta travada contra organizações poderosas, social e ambientalmente irresponsáveis, estabeleceria as bases de uma jurisprudência pouco indulgente em relação aos meios produtivos com alto grau de impacto socioambiental. Síntese da obra do filme
Duas indústrias localizadas na região são processadas pela comunidade afetada, sob a acusação de negligência operacional, pois teriam contaminado o solo, corpos hídricos superficiais e subterrâneos por meio de suas atividades ao longo dos anos. Esta contaminação teria sido causada pelo lançamento de