Análise do filme quando nietzsche chorou

ANÁLISE DO FILME
“QUANDO NIETZSCHE CHOROU”

MARCELA BERGER

ANÁLISE DO FILME “QUANDO NIETZSCHE CHOROU”

Nietzsche lutava contra as verdades adestradoras, contra as ideologias dogmáticas, a alienação e a dissolução do sujeito. Ele desejava descobrir o seu próprio caminho de vida e desmascarar as verdades eternas. Acreditava que aquilo que chamamos de “verdade” é a nossa interpretação de verdade, e nunca a coisa propriamente dita. Porque entre o indivíduo e a verdade, existe a sua percepção e representação de verdade.
A realidade se mostra ao ser de forma diferente à realidade dos demais, estando relacionada com nossa história de vida, e conseqüentemente, com nossos valores. Então, aquela “razão inquestionável” e “pura” que se usa para construir a realidade, apresenta elementos que não são somente racionais (os valores), de modo que o real deixe de ser unicamente racional. É a crise da razão: cada um apresenta a sua razão de modo que não exista uma verdade absoluta possível aos olhos humanos. Ele creu no conhecimento como um processo subjetivo: cada indivíduo deveria ser o seu próprio deus, formular a sua própria tese de vida e se responsabilizar pela parcela de liberdade da qual não se pode furtar. O ser humano não é completamente livre, mas ainda existe uma liberdade que nos pertence, e é esta liberdade que não podemos roubar de nós mesmos. Entretanto, poucos reconhecem que a sombra divina que escreve o futuro de cada um, e não destino, é a da própria mão. As pessoas têm medo de serem livres, pois têm medo de serem responsáveis por si próprias: talvez elas temam o que possam fazer de si e do mundo. Por conseguinte, o homem se torna aprisionado porque também se deixa limitar.

“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.”
(Nietzsche)

As pessoas constantemente lutam contra coisas que estão dentro delas, uma vez que a dor de conhecer todas as facetas do próprio eu pode ser demasiadamente decepcionante. Muitas