Análise do filme Matrix
O filme retrata por meio da ficção científica um universo paralelo ao que se vive hoje, chamado Matrix.
O personagem principal (programador de Software) busca respostas para suas dúvidas sobre o que é Matrix através de questionamentos e para isso busca em sistemas operacionais. Depois disso, ele é convocado para ir até esse lugar onde acontecem coisas que são ditas impossíveis no mundo real.
Inclusive, existe uma citação de Luckács que diz que são a perguntas que movem o homem.
No decorrer do filme, ele sofre um tipo de metamorfose: A de um trabalhador vitimado pelo sistema capitalista para um questionador de tal modelo.
O personagem principal é movido pela euforia do trabalho. Ele tem que trabalhar todos os dias, para receber o mesmo salário.
Pode-se fazer uma comparação com o personagem de Kafka que sofre uma mutação e se transforma em barata um dia. Ambos eram solitários e oprimidos pelo trabalho. Eles também eram conformados com a ordem vigente (pagavam impostos em dia entre outras coisas.)
Em uma das cenas, o dono do capital o aborda e diz que seus atrasos não seriam mais permitidos, afinal, todos que trabalhavam naquele local tinham que saber o posicionamento dentro da empresa. Se um falhasse atrapalhava o rendimento do outro e se ele não se enquadrasse, ele seria despedido (Sistema Toyotista – Cada um tem uma função dentro da empresa para chegar ao aperfeiçoamento do produto final).
A crítica maior do filme é contra a maquinaria vigente desde a Revolução Industrial.
A sociedade está acostumada a ser apenas coadjuvante da máquina, vendo nisso muitas vantagens e se vê cega diante dos prejuízos que ela também trás.
Quando alguém tenta mostrar que o sistema capitalista e as máquinas são os que causam o desemprego, as pessoas não conseguem enxergar enaltecidos pela beleza e vantagem que eles proporcionam para a minoria, que é o que é mostrado no Mito da Caverna.
Embasado em uma teoria Marxista, o filme