Análise do filme “coach carter: treino para a vida”

Numa sociedade cada vez mais orquestrada por rotinas e horários pré-determinados pelas muitas atividades desempenhadas por cada sujeito, torna-se cada vez mais difícil viver sem uma disciplina que permita transitar da melhor forma possível por todas as obrigações, garantindo ainda a vivência de tempos de lazer e descanso.
Para os jovens, lidar com a disciplina pode ser bastante complicado, principalmente porque muitos a encaram como contrária à liberdade, tão prezada e desejada nessa fase da vida. Tal pensamento pode gerar conflitos tanto com as regras da família quanto da escola e da sociedade como um todo, contribuindo para o surgimento de atitudes de rebeldia e não adequação aos padrões de comportamento socialmente estabelecidos.
Nessa perspectiva, o filme “Coach Carter: treino para a vida” mostra como é importante ter limites e, ao mesmo tempo, usar a disciplina para o crescimento intelectual. Quando os jovens jogadores do time de basquete da escola foram submetidos às novas regras do recém-chegado treinador, houve muita polêmica, inclusive para a comunidade em que conviviam, pois todos já tinham internalizado a ideia de que reproduziriam a mesma trajetória de seus familiares, cuja maioria teve um final trágico, ao se envolver com práticas ilícitas, ou foi obrigada a se conformar com subempregos, uma vez que não possuía os conhecimentos necessários para obter melhor projeção social. Dentro desse conflito de opiniões, a persistência do treinador em relacionar a participação nos jogos de basquete com o nível de desempenho nos estudos, além de implantar novas formas de treinamento, fortalecendo o sentimento de equipe, fez com que os jovens desenvolvessem a disciplina necessária para serem bons jogadores, mas, acima de tudo, cidadãos, aprendendo a lidar com as vitórias e derrotas no esporte e na vida.
Assim, fica explícita a importância de se ter regas e disciplina, pois os limites, embora dificilmente aceitos pelos mais arredios, possibilitam o crescimento do