análise do enigma de kasper houser
O filme alemão “O enigma de Kaspar Hauser”, dirigido por Werner Herzog, do ano de 1974, mostra claramente o efeito da falta de comunicação e de cultura para o desenvolvimento do ser humano.
Kaspar Hauser é um rapaz que vive anos a fio, trancado em um quarto escuro, consequentemente, não tendo nenhum tipo de sociabilidade. Por conta destas condições, Kaspar além de não saber falar, também não possui parte de suas funções motoras.
O filme nos faz refletir sobre abordagens como: o quanto a linguagem é importante e o quanto ela nos influencia ao decorrer de nossas vidas. No modo de se comunicar, de pensar, agir e até mesmo de pensar.
No livro “A mídia e a Modernidade”, escrito por John B. Thompson defende incessantemente o conceito de que a necessidade de se comunicar do humano sempre existiu e que nas civilizações primitivas, as formas de comunicação poderiam ser tanto oral quanto por demonstrações simbólicas. Evidentemente a palavra desempenhava um papel fundamental nessa época, pois a comunicação era restrita, visto que o conhecimento e a difusão de informações eram limitados, isso porque a interação face a face era a que predominava entre as pessoas naqueles tempos.
Se unirmos as mensagens de ambos, livro e filme, chegaremos ao mesmo conceito. Uma vida sem comunicação verbal ou integrada nos levaria a estaca zero. Desde o começo da civilização, o ser humano por si só inventou uma maneira para se comunicar com a sua tribo e com outras tribos, para poderem sobreviver. Atualmente, nos encontramos em uma situação semelhante, porém melhor estrutura e evoluída. Tanto Kasper Hauser, quanto as irmãs Malala e Kamala, foram provas de o que nos diferencia dos animais, é a racionalidade. E para que haja uma racionalidade, é necessário ter conhecimento, cultura, comunicação e reflexão.
Viver em comunhão para com a sociedade, sempre foi uma