Análise de vidas secas

CENTRO SINODAL DE ENSINO MEDIO DOROTHEA SCHÄFKE

ANÁLISE DE UM LIVRO MODERNISTA:
VIDAS SECAS

Literatura

Caroline Willig

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Ms. Ângela Soder

Setembro, 2011
AUTOR E OBRA

O autor de Vidas Secas se chamava Graciliano Ramos, e é considerado um dos mais importantes escritores modernistas brasileiros. Nasceu em Quebrângulo – AL, no ano de 1892 e morreu no Rio de Janeiro no ano de 1953. Estudou em Maceió, mas não chegou a cursar uma faculdade. Morou por muito tempo em Palmeira dos Índios – AL, onde chegou a ser prefeito e onde seu pai mantinha um comércio. Dedicando-se ao jornalismo e à publicidade, foi revisor de jornais no Rio de Janeiro e dirigiu a imprensa e a instrução do estado de Alagoas de 1930 a 1936, sempre demonstrando preocupação com o ensino no Brasil. Foi preso em 1936, sendo suspeito de estar ligado com o Partido Comunista Brasileiro e foi humilhado dentro dos presídios por onde passou. Em 1945, filiou-se ao Comunismo, viajando por vários países socialistas. No início dos anos 50, já consagrado como romancista, falece de câncer na capital carioca. Suas principais obras foram São Bernardo (1938); Angústias (1936); Vidas Secas (1938); Conto: Insônia (1947); Infância (1945); Memórias do Cárcere (1953); Viagem (1954); Linhas Tortas (1962); Viventes das Alagoas (1962); Histórias de Alexandre (1944); Dois dedos (1945) e Histórias Incompletas (1946).

CARACTERÍSTICAS DO MODERNISMO

Graciliano Ramos junto de José Lins do Rego, destaca-se no papel de romancista da segunda fase do Modernismo, que ocorreu de 1930 a 1945. Graciliano Ramos fez de Vidas Secas e de suas demais obras mais uma ramificação do romance regionalista brasileiro. Tinha um estilo seco, breve, claro e sintético, deixando de lado o sentimentalismo, pondo em foco o objetivismo e a clareza. Seu estilo seco, frio, enxuto e impessoal, cheio de senso psicológico, aproxima-o de Machado de Assis - sendo considerado seu legítimo seguidor -. Ramos sabia expressar a amarga realidade do homem nordestino