Análise de um conto infantil no atual contexto político
Era uma vez,
Numa aldeia pequenina, uma menininha linda como uma flor; sua mãe gostava muito dela, e sua vovozinha ainda mais.
Esta boa senhora lhe fizera um chapeuzinho vermelho que assentava tão bem que em toda parte ela era conhecida como a Menina do Chapeuzinho Vermelho.
Um dia, sua mãe fez uns biscoitinhos muito gostosos e lhe disse:
– Vá saber notícias da vovozinha porque me contaram que ela está doente; leve estes biscoitinhos para ela e este potinho de manteiga. Chapeuzinho vermelho saiu logo para ir visitar sua vovozinha, que morava em outra aldeia.
Passando por um bosque, encontrou o compadre lobo, que ficou louco de vontade de comê-la; não teve coragem, porém, apenas por causa de uns lenhadores que estavam na floresta.
O lobo perguntou então a Chapeuzinho Vermelho para onde ela ia. A pobre menina, que não sabia que conversar com o lobo é coisa muito perigosa, respondeu-lhe:
– Vou visitar minha vovozinha e levar uns biscoitinhos e um potinho de manteiga que minha mãe fez para ela.
– Ela mora muito longe daqui? Perguntou o lobo.
– Muito longe, respondeu-lhe Chapeuzinho Vermelho; depois daquele moinho que o senhor está vendo lá longe, é a primeira casa.
Muito bem! Disse o lobo, eu também quero ir visitar sua vovozinha; eu vou por este caminho e você vai por aquele; vamos ver quem chega primeiro! O lobo começou a correr o mais que podia pelo caminho mais curto; a menininha foi pelo mais comprido, divertindo-se em colher frutinhas, em correr atrás das borboletas e em fazer ramos com as florezinhas que encontrava.
O lobo não demorou a chegar à casa da avozinha; bateu, bateu na porta, toc, toc, toc...
– Quem está aí?
– “É a sua netinha, Chapeuzinho Vermelho”, disse o lobo, imitando a voz da menina, “que vem lhe trazer uns biscoitinhos e um pote de manteiga que mamãe mandou”.
A boa vovozinha, que estava na cama por achar-se doente, gritou-lhe:
– A porta está aberta, entre.
O lobo abriu a porta e entrou na casinha da vovó.