Análise de políticas públicas
Há hoje, devido ao desenvolvimento do Estado de Bem Estar Social nas diversas sociedades, um crescente interesse pelo estudo das políticas públicas. Os estudiosos dessas políticas públicas têm procurado elaborar modelos capazes de capturar a essência desses padrões de interação social, mesmo sujeitos ao risco de perder grande parte dos aspectos essenciais dos determinantes e da dinâmica das políticas públicas. O próprio Arrows determina que não existe uma escolha social capaz de refletir perfeitamente as preferências individuais – trata-se do famoso teorema da impossibilidade. Para solucionar esses problemas deve-se reconhecer a existência de diferentes indivíduos racionais e organizações com interesses divergentes. As políticas públicas são o resultado de um processo político que busca alinhar as preferências dos agentes com os interesses das organizações e instituições. Em termos decisórios, essa interação é determinante. No contexto de uma democracia representativa liberal com diferentes interesses, um dos problemas mais significativos é que em função dos custos de informações, somente alguns indivíduos têm uma capacidade real de influenciar os políticos (membros do Congresso) e as políticas públicas. De modo geral, ainda que de forma simplificada, pode-se dizer que para a teoria da Escolha Pública as políticas públicas resultam da confrontação de interesses divergentes nos diversos mercados políticos que estruturam o sistema político como um todo. Para avançar no tratamento das políticas públicas, buscando incorporar os processos econômicos, sociais e políticos que efetivamente pautam o cotidiano dessas práticas, é necessário buscar conhecimentos distintos, possibilitando traduzir parte da complexidade desses processos. Historicamente falando, as instituições induzem uma repartição desigual do poder entre os grupos sociais, atribuindo assim um acesso desproporcional ao