Análise de enzimas pancreáticas
- Resposta Fisiológica e Bioquímica:
A pancreatite crônica hereditária ou familiar é uma doença transmitida por gen autossômico dominante, não ligando ao sexo, cuja etiologia é desconhecida. Quatro ordens de argumentos permitem sua individualização como entidade autônoma: várias pessoas acometidas numa mesma família, número de gerações envolvidas, início precoce da sintomatologia e ausência de fator etiológico conhecido.
Trata-se de uma infecção crônica do pâncreas, como grande potencialidade evolutiva, surgindo como conseqüência crises dolorosas abdominais repetidas, e certas complicações como insuficiência exócrica (má absorção) e endócrina (diabetes) pancreáticas.
Todas as enzimas pancreáticas proteolíticas e a fosfolipase são produzidas sobre a forma inativa de profermentos, sendo ativadas no duodeno pela ação da enteroquinase intestinal. A enteroquinase ativa, inicialmente, tripsinogênio em tripsina, na presença de sais de cálcio e esta, a seguir, transforma os outros profermentos em fermentos ativos. A Tripsina é portanto, a chave da ativação enzimática, sendo que sua ativação depende da enteroquinase. A ausência ou deficiência desta enzima na mucosa intestinal determina um aproveitamento inadequado dos nutrientes protéicos surgindo, como conseqüência, desde o nascimento, as manifestações clínicas da carência protéica.
- Como as enzimas pancreáticas são adquiridas:
Ocorrem nos processos patológicos do pâncreas com grande comprometimento parenquimatoso do órgão. Tem sido observado que a má absorção, nestas eventualidades, somente surge quando mais de três quartos do órgão encontra-se comprometido ou ressecado, devido a grande reserva funcional do mesmo ou, então, quando a produção de lipase ou tripsina está reduzida a mais de 80% dos seus valores totais.
Na pancreatite crônica, o nível de esteatorréia guarda relação com a diminuição das enzimas pancreáticas. Não é observada nas suas fasses iniciais, tornando-se