Análise de Documento- A Fada Brasiléia
Os Jesuítas foram os percussores da docência no Brasil, foram eles que fundaram a primeira escola; a metodologia usada era muito tradicional e a intenção era alfabetizar, para isso ensinavam à ler, escrever e contar, e o principal, à catequese, como forma de frear o crescimento da Reforma Protestante. Para isso usavam textos históricos como suporte, mas seus conteúdos sequer eram discutidos; a bíblia também era um conteúdo a ser abordado e só foi retirada do currículo em 1870, com a diminuição do poder da Igreja sobre o Estado; em todos os tempos, o ensino de História foi permeado por escolhas políticas. No Brasil, após a proclamação da República, a construção da identidade do país tornou-se prioridade, as elites tinham de garantir a existência de um estado-nação, escolhendo para ser ensinado aos alunos conteúdos que exaltavam grandes "heróis" nacionais e feitos políticos gloriosos; os intelectuais da época acreditavam que o ensino de História tinha o papel de formar moral e civicamente, e a metodologia utilizada era a tradicional, que tinha como princípio levar os alunos a decorar datas e fatos. A análise documental constitui uma técnica importante na pesquisa qualitativa, seja complementando informações obtidas ou problematizando. A presente análise apresenta uma problematização, que objetiva discutir e compreender o ensino de História do Brasil nos anos iniciais da República, através do livro “A fada Brasiléia”
O presente livro é da autoria de Maria do Carmo Ulhôa Vieira, publicado no ano de 1946 pela editora Anchieta S. A., localizada em São Paulo. O exemplar analisado é o décimo quarto volume de uma coleção intitulada Biblioteca Infantil Anchieta. É um livro de literatura infantil, ilustrado com linguagem simples e acessível para crianças. Foi escrito num momento histórico, onde