Análise de contos
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - FFLCH
Introdução aos Estudos Literários I
Glauco Mattoso: uma análise literária do poema: Nojento
1º Semestre de 2013- Período: noturno
Profº: Fábio de Souza Andrade
Aluna: Luciana Ramos Pereira – Nº. USP: 8629392
São Paulo – 2013
Pedro José Ferreira da Silva o poeta Glauco Mattoso uma introdução
Pedro José Ferreira da Silva, mais conhecido como Glauco Mattoso, nasceu na cidade de
São Paulo em 1951. Glauco é um trocadilho com glaucoma, doença que o fez perder progressivamente a visão, até a cegueira total em 1995 e Mattoso é uma referência ao poeta satírico barroco Gregório de Matos, de quem se considera herdeiro na sátira política e na crítica de costumes, adotando assim o pseudônimo conhecido, Glauco Mattoso.
Glauco cursou biblioteconomia, na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, e Letras vernáculas na Universidade de São Paulo. Ainda nos anos 70 participou – com os chamados "poetas marginais" - da resistência cultural à ditadura militar. Durante a década de 80 e o início dos 90 continuou militando no periodismo contracultural, atuando em Histórias em Quadrinhos até a música; colaborou na grande imprensa, além de publicar vários volumes de poesia e prosa.
Centopéia – Sonetos e Quejandos: um olhar mais específico
Neste universo Glauco produz a obra Centopéia – Sonetos e Quejandos, obra de cem sonetos composta no primeiro trimestre de 1999, após um silêncio poético de dez anos - devido a numerosas cirurgias oculares –, essa obra foi consequência de seu envolvimento com a tradução da poesia de
Jorge Luis Borges. Segundo Glauco, “seria previsível, se não inevitável uma nova fase de produção para descarregar tanta energia represada”.
Contudo, observamos que, conforme a observação de Cacaso (1982), Glauco “usa de tudo e não se prende a nada. Glauco satiriza tanto a falta de seriedade quanto à falsa seriedade” por isso em sua poesia