Análise de auditórios
Piracicaba - SP
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INTRODUÇÃO
Ao trabalhar o respeito a um edifício histórico, arquitetos mantiveram estruturas originais e criaram novas como o palco prolongado de quatro metros para fora da projeção original, permitindo a abertura para uma praça anexa.
De armazém a teatro. A mudança de uso foi trabalhada cuidadosamente pelos arquitetos e resultou em uma obra radical que, mesmo mantendo boa parte da feição original do prédio, não deixa dúvida do caráter cultural que o complexo do Engenho ganha nos últimos anos.
O Engenho Central está próximo ao Centro e às margens do rio Piracicaba, que dá nome à cidade do interior paulista.
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DESENVOLVIMENTO
Inaugurado em 1882, é marcado por edifícios cuja linguagem industrial e fechamentos em blocos de alvenaria aparente dão certa coesão ao conjunto de chaminés, galpões e linhas de trem que é cartão postal e ponto de referência aos habitantes da cidade. O complexo deixou de funcionar em meados dos anos de 1970, quando foi reconhecido como patrimônio histórico e se tornou ponto informal de atividades públicas. Até 2002 o local era um parque em meio às ruínas dos edifícios - apropriação que reflete a boa localização do complexo e a intensa vida cultural piracicabana, que conta com companhias próprias de teatro e dança, orquestra sinfônica e é sede há quase 40 anos de um salão de humor.
Croqui do Teatro dando destaque para a Praça em frente e o Entorno do local. Foto: Archdaily.
A prefeitura, então, mobilizou esforços para recuperar os edifícios do Engenho, tornando-o um centro cultural. Vários galpões já foram restaurados pelo órgão de projetos da municipalidade, e o teatro municipal foi o primeiro que contou com um projeto de arquitetura mais elaborado.
A primeira decisão de projeto foi a escolha do acesso. A frente histórica do prédio fica em uma área estreita, em frente ao maior galpão do Engenho, destinado à produção. Por outro lado, o fundo do armazém dá para uma