Análise da influência de variáveis operacionais na qualidade do polimento de rochas ornamentais
O processo de polimento de placas de rochas ornamentais caracteriza-se por uma série de operações que reduzem a rugosidade da superfície trabalhada a fim de transformá-la em uma placa com determinada intensidade de brilho. A intensidade do brilho ou lustro que uma superfície apresenta é função das propriedades refletivas do material, sendo também inversamente proporcional à rugosidade da superfície. Logo, o brilho de uma rocha ornamental é alcançado através da eliminação destas rugosidades, herdadas na etapa de beneficiamento primário, e pelo “fechamento dos poros” entre os diferentes minerais que formam a rocha. Isto se dá pela ação de rebolos abrasivos que, conduzidos em movimentos de atrito sobre o material, vão desbastando-o até atingir o grau de polimento desejado, à medida que a granulometria do abrasivo diminui (KASCHNER, 1996).
Durante o polimento, fatores como a composição mineral, o teor e as dimensões dos grãos de quartzo, a estrutura da rocha e sua cor, controlam a manutenção ou a perda do lustro (ARTUR, et al., 2002).
Na politriz, equipamento responsável por efetuar o polimento, os rebolos abrasivos são fixados em cabeçotes rotativos que circulam sobre a superfície da chapa, utilizando-se um fluxo constante de água para eliminação de resíduos e refrigeração. Os dois principais tipos de cabeçotes são o de satélite e o tangencial. Os rebolos de cabeçote de satélites são de formato cilíndrico ou sub-cônico, apresentando movimento de rotação tanto do cabeçote quanto dos rebolos (satélites). Os rebolos do cabeçote tangencial têm formato de tijolos e são fixados em sapatas