Análise crítica e resumo de "O Homem" de Aluízio de Azevedo

Análise Crítica de “O Homem” de Aluísio de Azevedo.
A composição é rigorosamente fiel ao estilo literário ao qual pertence (realismo). Vemos a tendência filosófica do Positivismo, claramente aplicada em todo livro, é tanto que se tem facilmente a impressão de se estar lendo uma história verossímil. A linguagem em momento algum é subjetiva, e também percebe-se em diversos trechos a postura cientificista empírica que o autor tomou para escrever a obra (por exemplo, em trechos onde o do Dr. Lobão faz visitas a família Marques).
É fabulosa a maneira relaxada com que o autor descreve os ambientes, os personagens, as situações, etc. Quando se atribui relaxada, quer dizer-se que não tem-se a aplicação de um linguajar rebuscado e perfeitamente decorado em todo o texto, mas sim de uma linguagem menos enfeitada e mais espontânea, e portanto, mais clara, o que facilita o entendimento do escrito por parte do leitor, e que por vezes permite ao viajante literário um pouco de comicidade, através da idealização de seres e cenas caricaturadas, pela facilidade com que o autor recorre às metáforas em trechos descritivos.
É incrível o modo como o autor dispõe os personagens. Exemplo: Uma beata (Tia Camila), um conselheiro (Sr. Pinto Marques), uma garota de boa família, que frequenta bailes e que sofre por amor (Magdá), um médico prestativo e igualmente amigo da família (Dr. Lobão). Figuras tão clássicas, comuns à vida do século XIX e à vida contemporânea, que se divergem quanto à opinião, personalidade, profissão, e que também se completam pelo grau de parentesco ou somente de proximidade.
É admirável o enredo de O Homem. Ele fornece uma surpreendente ordem linear dos acontecimentos, episódios bons e ruins se alternam, tornando a história curiosa e por isso atraente. Vejamos: Magdá (a protagonista) e o irmão se amam sem que nem um dos dois saiba do grau de parentesco. Depois sofre com a dor da descoberta. E ele formado em Medicina parte para Portugal, agora frio e evasivo também