Análise crítica sobre “O que importa é o motivo / Immanuel Kant”
Segundo Michael Sandel: “Fundamentação”, de Kant, fala de duas grandes questões. A primeira: qual é o principio supremo da moralidade? E a segunda: Como a liberdade é possível?” Para Kant, a justiça, a moralidade e a liberdade estão associadas. A ideia utilitarista que de a felicidade de uma maioria, baseada naquilo que esta maioria acha moral e justo, não quer dizer que sempre isto será algo de fato justo. Até porque essa moralidade e felicidade estariam ligadas a um desejo, uma intenção para satisfazer um desejo nosso, ou até para buscar o interesse de outro, de forma que este, realmente não seria, de fato, o principio supremo da moralidade. Claro que somos humanos e temos nossas inclinações, nossos sentimentos, pelos quais queremos sentir o prazer e não a dor, mas a questão é que quando nos colocamos numa situação de agir, por muitas vezes, esse nosso agir tem um cunho moral, pelo fato de termos a capacidade de passa por cima dessas inclinações.
Ou seja, ao invés de ter essas atitudes por “inclinação” pela maior parte do tempo, deveríamos nos colocar no papel de seres racionais (e por esta razão merecedores de respeito), capazes de pensar, e daí retirarmos as atitudes que realmente importa, ou seja, de atingir a moralidade, e automaticamente a justiça e a liberdade, pela nossa “pura razão prática, que cria suas leis a piori, a despeito de quaisquer objetivos empíricos.”, e na medida em que criamos essas leis, nós nos afastamos de nossos