Análise crítica do manisfesto dos pioneiros
O cenário econômico, político e social passou por significativas mudanças no Brasil no período de 1920, com a influência das forças armadas na vida política do país, com as transformações econômicas e sociais no campo e nas cidades, crescimento da população, processo de urbanização e industrialização e essas transformações foram aceleradas com a ocorrência da Primeira Guerra Mundial. No âmbito educacional o Brasil era considerado um país de analfabetos, existiam poucas escolas e as mesmas eram frequentadas somente pelos filhos das famílias de classe média, os ricos contratavam pessoas para ministrar as aulas em casa ou enviavam os filhos para alguns colégios particulares. No interior do país havia pequenas escolas rurais onde trabalhavam professores sem formação. As classes intelectuais gostavam muito da cultura francesa e literatura portuguesa. Em 1932 pela ação efetiva de Fernando de Azevedo e um grupo de 25 educadores surgiu o Manifesto dos Pioneiros onde visava a reconstrução de todo o sistema educacional do Brasil, pois pouco tinha sido feito a favor do desenvolvimento educacional do país. Os autores do Manifesto propunham a existência de uma sociedade igualitária e democrática, baseada na igualdade de oportunidades para todos e que era dever do Estado tornar a educação pública e gratuita. Criticava o sistema que destinava uma ecola para ricos e outra para pobres. A educação deveria ser informal e ativa, os currículos adaptados a realidade dos alunos. Defendia a formação de professores dentro de um espírito de unidade, constituindo-se num corpo profissional consciente de suas responsabilidades perante a nação. Este manifesto foi importante na história da pedagogia brasileira porque gerou a consciência no desgaste entre a educação e as exigências do desenvolvimento.
Diante do quadro atual, na área educacional não foram concretizadas todas as idéias defendidas do Manifesto, mas com certeza houve