Análise crítica do filme “quanto vale ou é por quilo?”
Autor (a): Júlia Maia e Magalhães
Análise Crítica do Filme “Quanto Vale Ou é Por Quilo?”
2013 Este trabalho é fruto de uma análise crítica do filme “Quanto Vale Ou é Por Quilo?”, referente á disciplina Serviço Social e Processos de Trabalho, lecionada pelo professor Diogo Cals no 4º semestre do Curso de Serviço Social da instituição de ensino superior FAFOR. O filme faz uma relação entre a época da escravidão, século XVIII, e a época atual, focando nas semelhanças socioeconômicas das duas épocas, demonstrando os métodos utilizados pelas classes dominantes de cada período. O trabalho predominante exibido no início do filme, é o trabalho escravo. Esses trabalhadores eram vendidos aos donos de terras e viviam em situação precária de vida e trabalho, sendo violentados, castigados e tendo seus direitos violados. O sofrimento desses escravos, tratados como máquinas e mercadorias, era explícito. A força de trabalho era trocada pela sobrevivência e os escravos eram obrigados a usarem objetos como máscaras de ferro que possuíam alguns furinhos na região dos olhos e na do nariz, com o propósito de diminuir o vício ao álcool e consequentemente reduzir os furtos praticados por eles. Outra forma de opressão era o chamado tronco, usado contra a fuga de escravos reincidentes, estimulando o espírito de humildade. Há no filme uma escrava chamada Lucrécia, viúva, com idade superior á cinquenta anos, cansada do trabalho escravo e com dores pelo corpo, necessitava de trinta e quatro mil réis para pagar sua liberdade á família Pereira Cardoso. Outra viúva, de nome Maria Antonia do Rosário, administradora e vendedora de escravos, dizia ser amiga de Lucrécia e propôs pagar a sua alforria, em troca da força de trabalho da mesma e horas extras. A escrava aceitou a proposta, trabalhou durante três anos e pagou a quantia de quarenta e dois mil réis á Maria Antonia, com juros e correções, gerando um lucro de oito mil duzentos e trinta e oito