Análise crítica da construção narrativa do livro “Coisas transparentes de Vladimir Nabokov – Rio de Janeiro, Imago Ed., 1992”
Disciplina: Teoria da Literatura I
Professor: Alexandre Rodrigues da Costa
Aluno: Elias de Oliveira Nascimento - 1º Período
Análise crítica da construção narrativa do livro “Coisas transparentes de Vladimir Nabokov – Rio de Janeiro, Imago Ed., 1992”
O malabarismo narrativo de “coisas transparentes”
No livro “Coisas transparentes, Vladmir Nabokov transforma imagens que poderiam ser comuns, as amarrando com uma peculiaridade que transforma os cenários suíços. É a historia de Hugh Person, um jovem escritor norte americano que faz varias viagens para a Suiça ao longo dos anos. Em meio a estas viagens Hugh encontra com um distinto escritor, mas também com suas memórias e fantasmas, ele se apaixona, casa, se envolve em um assassinato, é preso, passa por um período de insanidade e também questiona os enigmas de seu passado.
Nabokov escreve uma obra na qual parece ir mais além, uma vez que sua originalidade consiste na abordagem escolhida para explorar os truques narrativos na história e não no próprio tema. Notamos que com um narrador onisciente o autor consegue que o conteúdo se mescle com a forma. É nesta façanha que sobressai o estilo do escritor, como nos ensina Susan Sontag , que o estilo é a alma e a alma pode assumir a forma do todo. O estilo de Nabokov é facilmente notado na obra analisada, pois existe uma estratégia de vozes narrativas que muitas vezes se tornam maiores que o próprio assunto.
Quando observamos em Nabokov a “questão do titulo- translastícos” na parte que fala dos dois tipos de títulos (pág.106), percebemos quase que claramente o próprio autor falando do livro. Algo como uma incisão do escritor que toma o lugar do narrador e contando a historia do seu próprio livro. Esta questão da empatia do autor que podemos observar emprestando impressões ao seu narrador é observada em WOOD², (2011) quando do “estilo indireto livre de narrar, onde personagem e autor se fundem na narrativa”. Como James Wood nos explica