ANÁLISE COMPARATIVA DAS INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
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As independências na América ocorreram de maneiras diferenciadas, mas com também algumas aproximações. A influência dos países colonizadores acrescentou características específicas ao processo de independência das colônias latino-americanas e da Inglaterra. O final do século XVII e todo o século XVIII foram acompanhados de muitas guerras na Europa e na América. De muitas formas, essas guerras significaram o início do processo de independência tanto das colônias inglesas como das colônias espanholas e portuguesa. No caso das colônias inglesas, por exemplo, podemos perceber que a Guerra dos Sete Anos foi fator de grande importância para desencadear o processo que levou a independência. Embora na Guerra dos Sete Anos a Inglaterra tivesse vencido a França e lhe tomado vastas áreas coloniais, como o Canadá e a Índia, tornando-se a maior potência marítima e colonial da época, os custos da guerra e a necessidade de ampliar a administração nas colônias levaram-na a uma crise econômica. Devido a esta crise, passou a desenvolver uma política crescente de domínio político e econômico sobre suas colônias do norte (mercantilismo).
Ademais da Guerra dos Sete Anos, Inglaterra passa a ver nas colônias, principalmente as do Norte e do Centro, onde o comércio e a produção de manufaturas desenvolvem-se, fortes concorrentes comercial. Ao iniciar sua Revolução Industrial, a Inglaterra necessitava de novos mercados consumidor para seus produtos, e de matérias-primas como o algodão. Assim, na segunda metade do século XVIII, as colônias da América são vistas como indispensáveis fontes para alimentar o processo industrial inglês. Para recuperar-se dos gastos com a guerra contra os franceses, os ingleses decidiram intensificar a exploração colonial. Com as mudanças, os colonos se deram conta de que seus interesses poderiam ser diferentes dos interesses da metrópole. Essa tomada de consciência recebeu influência direta das ideias iluminista de liberdade, de autonomia, e também de direito