Análise ao poema - o vinho de hebe
Este trabalho refere-se à poesia “O vinho de Hebe” de Raimundo Correia. Esse escritor pertence à escola literária do parnasianismo, que, em resumo, apresenta as seguintes características: culto da forma, correção gramatical, riqueza vocabular, arte pela arte, visão carnal da mulher, entre outros.
Em se tratando da biografia de Raimundo Correia, podemos salientar que ele nasceu a bordo do navio São Luís, ancorado em águas maranhenses. Filho de família de classe elevada, Raimundo realizou curso secundário no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Estreou na literatura em 1879, com a poesia “Primeiros Sonhos”. Em 1882, formou-se advogado pela Faculdade do Largo São Francisco, desenvolvendo uma bem sucedida carreira como juiz de direito no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Em Vassouras, começou a publicar poesias e prosas no jornal “O Vassourense” e em 1889, foi nomeado Secretário da Presidência do Rio de Janeiro. Em 1911, por motivos de saúde partiu para Paris, em busca de tratamento, onde faleceu.
Algumas de suas obras mais importantes foram “Primeiros Sonhos” em 1879, “Sinfonias” em 1883, “Versos e Versões” em 1887, “Aleluias” em 1891 e “Poesias” em 1898.
Quanto ao estilo do autor, em suas obras soube condensar alegorias felizes nos versos perfeitos, sugestivos e com plasticidades, mas era um poeta desigual e de falsa profundidade, também uma característica parnasiana.
É importante ressaltar que o poema será analisado apresentando a primeira estrofe seguida da análise.
Quando do Olímpio nos festins surgia
Hebe risonha, os deuses majestosos
Os copos estendiam-lhe, ruidosos,
E ela, passando, os copos lhes enchia...
Podemos observar que na primeira estrofe o eu-lírico trata de uma mulher chamada Hebe que quando aparecia nas primeiras festas do Olimpio, encantava os deuses majestosos com seu sorriso, fazendo com que eles estendessem seus copos e ela passando graciosamente lhes enchia.
A Mocidade, assim, na rubra orgia
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