Cefaléias primárias
O termo cefaléia aplica-se a todo processo doloroso referido no segmento cefálico, o qual pode originar-se em qualquer das estruturas faciais ou cranianas.
A cefaléia representa, possivelmente, o sintoma mais frequentemente referido na prática clínica. Estima-se que, em qualquer população, 80% dos indivíduos apresentarão, ao menos uma vez ao ano, um episódio de cefaléia, e metade deste número, mais de dois.
Os indivíduos com cefaléia sofrem limitações significativas da produtividade no trabalho e nas atividades rotineiras, com grande comprometimento da qualidade de vida em função da dor e da ansiedade.
Em 1988 foi publicada a classificação das cefaléias pela Sociedade Internacional de Cefaléias e isso possibilitou a normatização do diagnóstico de cefaléia de acordo com critérios internacionais, com apoio da Organização Mundial de Saúde e acoplada aos diagnósticos da 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10). A partir de 2003 entrou em vigor a Segunda Edição da Classificação.
Esse sistema de classificação desenvolvido pela Sociedade Internacional de Cefaléias caracteriza a cefaléia como primária ou secundária. As cefaléias primárias são aquelas em que a cefaléia e suas manifestações associadas constituem o distúrbio em si, enquanto as cefaléias secundárias são causadas por distúrbios exógenos.
As cefaléias primárias mais comuns são enxaqueca, cefaléia tensional e cefaléia em salvas. Mas também existem a hemicrania paroxística crônica, cefaléia idiopática em pontadas, cefaléia por compressão extrínseca, cefaléia por estímulos gelados, cefaléia benigna da tosse, cefaléia benigna do esforço e cefaléia associada à atividade sexual.
Enxaqueca
Trata-se de uma reação neurovascular, anormal, em um organismo geneticamente vulnerável, que se exterioriza, clinicamente, por episódios recorrentes de cefaléia e manifestações associadas e que, geralmente, dependem da presença de fatores desencadeantes.
Trata-se de uma doença crônica de