Análise Antropológica da Pornografia
COMUNICAÇÃO SOCIAL – PUBLICIDADE E PROPAGANDA
ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA E COMUNICAÇÃO
PORNOGRAFIA – ANÁLISE ANTROPOLÓGICA
PROFESSOR CLÓVIS GEDRAT
SÃO LEOPOLDO
OUTUBRO DE 2013
PORNOGRAFIA – ANÁLISE ANTROPOLÓGICA
Pornografia é o termo que define toda e qualquer expressão humana que desperta pensamentos sexuais. Ela possui uma longa história, já que a sexualidade explícita é uma forma de expressão e arte tão antiga como todas as outras. O retrato da nudez teve seus primeiros indícios presentes na era paleolítica, porém
não
se
sabe
o
objetivo
exato
dessas
primeiras
representações.
O livro Eroticamente Humano, escrito por Nabor Nunes Filho (1994) contextualiza nossa reflexão a respeito do erotismo a partir da racionalidade humana. Essa racionalidade reduziu as potencialidades humanas para somente produzir bens vendáveis, de modo que toda energia que não se ajustasse a esse fim fosse suprimida. Tudo que foi suprimido pelo contexto mercadológico faz parte de uma série de elementos que Freud denominava como “instintos primários”, que se orientam seguindo o princípio do prazer e da gratificação. Embora possamos constatar a presença do erótico nas civilizações mais antigas, a representação da eroticidade na sociedade industrial moderna assume uma posição muito específica. Enquanto em outras civilizações representava ser um tabu vítima de repressões, em nossa sociedade atual ela age segundo as regras de mercado. A partir desta proposição, qualquer prática ou manifestação intelectual passa a ser avaliada de acordo com o rigor proposto pelos métodos científicos, ou seja, se a mesma não puder ser controlável e mensurável, é desconsiderada como categoria de conhecimento.
Então, exclui-se da eroticidade a sensibilidade, o desejo, a sensualidade e a paixão, passando assim a caracterizar a postura de um bem vendável, um produto da sociedade de consumo.
Porém, nem