Análisa da Obra Literária Memórias de um sargento de milícias
ANÁLISE DA OBRA LITERÁRIA: Memórias de um sargento de milícias
FRANCIS MORAIS DO NASCIMENTO
ARAÇATUBA
2014
Biografia
Manuel Antônio de Almeida, jornalista, cronista, romancista, crítico literário, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de novembro de 1830, e faleceu em Macaé, RJ, em 28 de novembro de 1861. É o patrono da Cadeira n. 28, por escolha do fundador Inglês de Sousa.
Era filho do tenente Antônio de Almeida e de Josefina Maria de Almeida. Órfão de pai aos 11 anos, pouco se sabe dos seus estudos elementares e preparatórios; aprovado em
1848 nas matérias necessárias ao ingresso na Faculdade de Medicina, cursou o 1º ano em 49 e só concluiu o curso em 1855. As dificuldades financeiras o levaram ao jornalismo e às letras.
De junho de 1852 a julho de 1853 publicou, anonimamente e aos poucos, os folhetins que compõem as Memórias de um sargento de milícias, reunidas em livro em 1854 (1º volume) e
1855 (2º volume) com o pseudônimo de "Um Brasileiro". O seu nome apareceu apenas na 3a edição, já póstuma, em 1863. Da mesma época data ainda a peça Dois amores e a composição de versos esparsos.
Em 1858 foi nomeado Administrador da Tipografia Nacional, quando encontrou
Machado de Assis, que lá trabalhava como aprendiz de tipógrafo. Em 59, foi nomeado 2º oficial da Secretaria da Fazenda e, em 1861, desejou candidatar-se à Assembleia Provincial do
Rio de Janeiro. Dirigia-se a Campos, para iniciar as consultas eleitorais, quando morreu no naufrágio do navio Hermes, próximo a Macaé.
Além do romance, publicou a tese de doutoramento em Medicina e um libreto de ópera. A sua produção jornalística - crônicas, críticas literárias - permanece dispersa. O seu livro teve grande êxito de público, embora a crítica só mais tarde viesse a compreendê-lo devidamente, reservando-lhe um lugar de relevo na literatura, como o primeiro romance urbano brasileiro. Escrito em 1852, em plena voga do Romantismo, retrata a vida do Rio de