António Egas Moniz
Egas Moniz nasceu em Aveiro, no dia 29 de Novembro de 1874. Formou-se em Medicina na universidade de Coimbra, onde chegou a ser professor de fisiologia e anatomia. Mais tarde, lecionou neurologia na Faculdade de Medicina na Universidade de Lisboa.
A sua vida estava basicamente dividida entre a política e a investigação médica.
Foi um elemento ativo no movimento Republicano, na primeira década do séc. XX e foi deputado no novo Parlamento. Foi embaixador de Portugal em Espanha e chegou a ser também Ministro dos Negócios Estrangeiros.
A sua investigação médica concentrava-se principalmente na Neurologia. A sua primeira contribuição para o desenvolvimento da Medicina foi a descoberta da angiografia cerebral, que permite dar visibilidade às artérias do cérebro, ao injetar uma solução no cérebro que se torna opaca nos raios X. Esta técnica tornou mais fácil localizar tumores, aneurismas, hemorragias, neoplasias... no cérebro, facilitando o seu tratamento. A angiografia cerebral ainda é utilizada nos dias de hoje.
Posteriormente, Egas Moniz começou a explorar a cirurgia cerebral e o seu possível uso no tratamento de certas doenças mentais. Propôs uma intervenção cirúrgica que envolvia a separação dos lóbulos pré-frontais do resto do cérebro, a leucotomia pré-frontal, que foi, mais tarde, desenvolvida pelo americano Walter Freeman e passou-se a chamar lobotomia. Este procedimento foi muito popular nos anos 40 e 50, mas começou a ser abandonada nos anos 60, devido ao aparecimento de outros métodos de tratar doenças mentais. Egas Moniz foi contemplado com o Prémio Nobel da Medicina, em 1949, devido à descoberta da leucotomia pré-frontal.
Durante a sua vida, foi ainda um notável escritor e autor de uma notável obra literária, de onde se destacam as obras "A nossa casa" e "Confidências de um investigador científico".
Após uma vida dedicada à ciência e à neurologia, Egas Moniz, acabou por falacer a 13 de Dezembro de 1995, em Lisboa. Deixando na