Antropologia e abordagem
Buscando apoio nas ciências naturais, pois considera cultura como um fenômeno natural, Tylor escreve em seguida:
Por um lado, a uniformidade que tão largamente permeia entre as civilizações pode ser atribuída, em grande parte, a Lima uniformidade de ação de causas uniformes, enquanto, por outro lado, seus vários graus podem ser considerados como estágios de desenvolvimento ou evolução ...2
A primeira definição de cultura que foi formulada do ponto de vista antropológico, como vimos, pertence a Edward
Tylor, no primeiro parágrafo de seu livro Primitive Culture
(1871). Tylor procurou, além disto, demonstrar que cultura pode ser objeto de um estudo sistemático, pois trata-se de um fenômeno natural que possui causas e regularidades, permitindo um estudo objetivo e uma análise capazes ele proporcionar a formulação de leis sobre o processo cultural e a evolução.1
O seu pensamento pode ser melhor compreendido a partir da leitura deste seu trecho:
4 . O DESENVOLVIMENTO DO
CONCEITO DE CULTURA
Neste sentido, ainda na segunda metade do século XIX,
Tylor se defrontava com a idéia da natureza sagrada do homem, daí as suas afirmações no final do texto acima e a sua preocupação expressa no seguinte:
seu campo especial de trabalho, a unidade da natureza, a permanência de suas leis, a definida seqüência de causa e efeito através da qual depende cada fato. Apóiam firmemente a doutrina pitagoriana da ordem no cosmo universal. Afirmam, como Aristóteles, que a natureza não é constituída de episódios incoerentes, como uma má tragédia. Concordam com Leibniz no que ele chamou
"meu axioma, que a natureza nunca age por saltos", tanto como em seu "grande princípio, comumente pouco utilizado, de que nada acontece sem suficiente razão".
Nem mesmo no estudo das estruturas e hábitos das plantas e animais, ou na investigação das funções
básicas