antropologia da educção
ALUNA: CAROLINE MISSAU
RESENHA
RESTINGA SECA, OUTUBRO DE 2013.
Antropologia e a educação tomam o homem como base comun de reflexão, o texto propõe uma discussão sobre as possíveis diferenças entre as abordagens desses campos do conhecimento, considerando a escolha do lugar teórico a partir do qual uma proposta investigativa é conduzida como o aspecto decisivo da questão.
A antropologia e a educação, por serem ciências humanas, encontram fácil e imediatamente a base comum sobre a qual constroem suas reflexões, isto é, o homem e seus embates, para fazer valer sua natureza, distinta de outros animais. Para Figueira, "a ação que procura, todos os dias, reafirmar a sua condição de um ser que se distingue de todos os outros no conjunto da natureza não é outra senão a educação" (1996, p. 23). E acrescentaria, como condição e produto dessa natureza humana, a capacidade de criar símbolos nos processos de interação com o meio e de reflexão sobre sua própria vida. Assim é que, sejam quais forem nossos objetos de pesquisa e as opções para melhor transmitir nossos conhecimentos acerca da antropologia e da educação, teremos como centro de nossa reflexão o homem e sua natureza humana.
Em que pese ser essa uma asserção sobre a qual dificilmente poderemos estar em desacordo, a questão torna-se mais complicada quando são definidas artificialmente as fronteiras entre os vários campos do saber. E mais: quando se marca um desequilíbrio e um distanciamento progressivo nas respectivas formas de sistematização e produção desse saber. Tangenciei essa questão em outra oportunidade,1 quando, com base na discussão sucinta de alguns textos de cunho antropológico, procurei reconstituir o processo de construção de seus instrumentos de pesquisa. Mas, conforme escrevi, finalizando o texto, para além das supostas diferenças entre a antropologia e a educação, a chave para a compreensão do marcador de águas entre todos os