Antracnose
A Antracnose, causada por Colletotrichum lindemuthianum, é uma das doenças mais graves que atingem a cultura do feijoeiro no Brasil, uma vez que pode ocorrer em toda a parte aeréa da planta e, ao encontrar condições favoráveis, causar grandes perdas na produção. Esta doença é de distribuição ampla. Já foi constatada em vários países da Europa, África, Ásia e América. No Brasil, ocorre nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Alagoas, Sergipe e Paraíba. Essa abrangência é devida ao uso de cultivares suscetíveis em regiões com temperaturas amenas – variando de 13 a 26°C – e alta umidade. Isto pode provocar reduções de até 100% na produção, principalmente quando sementes contaminadas são usadas para plantio e ocorrem períodos prolongados de condições favoráveis ao desenvolvimento da doença. Quanto mais precoce o aparecimento da doença na lavoura, maiores os danos. Além de diminuir o rendimento da cultura, a antracnose deprecia a qualidade do produto am virtude de ocasionar manchas nos grãos, tornando-os inadequados para o consumo.
No Brasil, a doença entá disseminada nas mais diversas áreas produtoras e, em que pese ser transmitida pela semente, em geral os produtores não se preocupam em utilizar sementes sadias no plantio e raramente fazem o controle químico da doença. O método de controle mais eficaz tem sido o emprego de variedades resistentes.
A antracnose afeta plantas de feijão em todos os estágios de crescimento, atacando folhas, caules, ramos, vagens e sementes. Muitas plantas podem ser mortas pela antracnose. Uma importante consequencia de infecções não letais é o desenvolvimento de lesões nas vagens, que depreciam o grão para comercialização, podendo ainda causar maiores problemas durante o armazenamento das sementes.
O patógeno sobrevive de uma estação para outra em restos culturais e pode ser disseminado pela semente e respingos de chuva.
A esporulação e a