ANTONIO BERNARDO COSTA CABRAL

António Bernardo da Costa Cabral, mais conhecido simplesmente por Costa Cabral, foi um dos políticos portugueses mais destacados do séc. XIX, que, entre outros cargos e funções, foi
Deputado, Par do Reino, Conselheiro de Estado efectivo, Ministro da Justiça e Negócios
Eclesiásticos, Ministro do Reino e Presidente do Conselho de Ministros.
Nasceu em Fornos de Algodres a 9 de Maio de 1803, e cedo se revelaram as suas capacidades intelectuais. Assim, aos quinze anos foi para Coimbra tirar o curso de Direito, tendo-se formado com vinte anos. Exerceu depois durante algum tempo a advocacia.
Quando Portugal se dividiu na luta entre Absolutistas e Liberais, Costa Cabral tomou partido pelos Liberais, tendo participado no desembarque dos “bravos do Mindelo”, em 1832. Após as lutas desse período, com a vitória dos liberais, foi chamado a desempenhar funções políticas de crescente importância.
Em 1833 foi nomeado Membro do Tribunal de Segunda Instância em S. Miguel, nos Açores onde se casou com uma senhora inglesa, Luiza Mitchell Meredith Read.
Defensor da Revolução de Setembro de 1836, a sua conduta política evoluiu num sentido mais moderado e, depois de nomeado administrador de Lisboa, foi o principal obreiro da extinção da Guarda Nacional. Durante o seu primeiro mandato na presidência do ministério, num período que ficaria conhecido pelo Cabralismo, empreendeu um ambicioso plano de reforma do Estado, lançando os fundamentos do moderno Estado português.
Foi uma das figuras mais contestada do período de consolidação do regime liberal, admirado pelo seu talento reformador, mas desprezado e acusado de corrupção e favoritismo por muitos. Foi obrigado a exilar-se em Madrid na sequência da Revolução da Maria da Fonte,

mas voltaria poucos anos depois, demonstrando uma extraordinária capacidade de recuperação e persistência, a ocupar a chefia do governo.
Em 1869 foi nomeado embaixador no Brasil, e em 1870 foi o representante do estado
Português junto da