antigone
Exmos….
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Começo por agradecer o honroso convite do Governo da
Bahia para proferir algumas palavras sobre a “Actualidade da
Lusofonia”, convite a que naturalmente acedi com entusiasmo.
A escolha da Lusofonia como tema de debate inserido neste colóquio é revelador do interesse despertado pela nossa
Organização no seio de importantes relações entre o Brasil e
Portugal, Estados-membros da CPLP.
É
importante
que
os
países
dediquem
atenção
às
organizações internacionais de que fazem parte. Mas, no caso da CPLP, essa atenção é vital para que a Organização se desenvolva e afirme tanto no espaço em que nos inserimos como no plano internacional.
Na verdade, Brasil e Portugal têm uma responsabilidade especial relativamente à CPLP e que não pode ser rejeitada.
É verdade que somos uma organização que se fundamenta na solidariedade na
qual
cada
Estado-membro,
independentemente da sua dimensão ou riqueza, goza do mesmo estatuto que qualquer outro, por maior ou mais desenvolvido que seja. Por isso, e contrariamente à prática
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A atualidade da Lusofonia
corrente em outras organizações baseadas na língua, na CPLP não existe o Estado-líder. As responsabilidades, tanto nos encargos como na gestão da Organização, são partilhadas com base em critérios objectivos e aceites por todos.
Contudo, não pode ser secundarizado o facto de Portugal ser o país cuja História tornou possível a existência desta
Comunidade. Ali nasceu a língua que nos une, dali partiram as caravelas que proporcionaram os encontros de culturas e civilizações e de que resultaram os traços culturais e afectivos que nos ligam. (...UE).
Da mesma forma, todos os Estados-membros da CPLP reconhecem, também, o papel central do Brasil enquanto alavanca da Lusofonia. Não só pela história comum, não só por ser o país com um maior número de falantes, não só por se avizinhar como uma