Antibióticos

Aminoglicosídeos e Neomicina

Introdução

Os Aminoglicosídeos compõe uma classe de antibióticos que por causa dos seus efeitos bactericidas, espectro antibacteriano e por possuir um baixo custo é bastante utilizado clinicamente. Com uma estrutura química complexa é preferencialmente ativo contra bactérias Gram negativas aeróbicas e apresentam inatividade contra microorganismos anaeróbicos e atividade escassa em bactérias facultativas em condições anaeróbicas.
A estreptomicina, composto isolado de um acetinomiceto em 1944, foi o primeiro exemplar deste conjunto de antibióticos, dando uma significativa contribuição para pesquisas. Além derivados semissintéticos de compostos oriundos por uma diversidade de acetinomicetos do solo, os aminoglicosídeos podem ser produtos naturais com propriedades antimicrobianas parecidas, por exemplo a canamicina e a neomicina que será o aminoglicosídeo abordado neste trabalho.
Não são absorvidos oralmente e de difícil penetração no espaço intracelular ou na barreira hematoencefálica, isso ocorre porque são substâncias solúveis em água, e cátions estáveis em pH de 6 a 8. O pH e a aerobiose do meio exercem uma importante influência na atividade antimicrobiana dos aminoglicosídeos, tendo sua ação em pH alcalino e meio aeróbico. A ausência de oxigênio no transporte ativo destas drogas nas células microbianas justifica a sua inativação em microorganismos anaeróbicos e diminuição em aeróbicos facultativos em condições anaeróbicas, como as coleções purulentas, deixando claro assim a fundamental significância do oxigênio para a atividade destas drogas.
Entretanto seu uso é recomendado apenas para pacientes com infecções graves, devido a sua alta toxicidade ( nefrotoxicidade, ototoxicidade e neurotoxicidade) seu uso sistemático acarreta prejuízos ao paciente, além de seu potencial de desenvolver resistência bacteriana, a neomicina, com o uso sistemático, é a mais toxica de todas e menos toxica