Anti-Design
Alchimia e Memphis
Anti-Design
Com a pós-modernidade, no inicio dos anos 60, o design também começou a ser
questionado.
Os primeiros sinais da crise do Funcionalismo aparecem em 1960, o boom económico pós
guerra estava a chegar ao seu fim como o boom do Funcionalismo na escola de Ulm e o
movimento Die Gute Form. Em 1968, no ano das revoltas estudantis em Paris, Praga, Berlim,
Checoslováquia e Frankfurt, o arquitecto Werner Nehls critica o funcionalismo como fez
Adorno em 1965, por ser uma óptica plana e masculina. A partir desta data, ele diz que o
Design deve ser orgânico, colorido, emotivo, irracional e feminino.
A partir de todo este impulso na década de 1960 os designers iniciaram um movimento
que foi conhecido como New Design ou Anti-Design que propunha usar métodos artísticos,
não mais dirigidos por projectos racionais, desfazendo os limites entre arte e design. As
cadeiras de Stephan Wewerka são um emblema desta mudança anti-funcionalista. Sob o lema de "a forma segue a diversão", defendiam um design com maior função simbólica, com maior
carga de humor e ironia, e maior sensualidade. Flores, curvas, cores e saturação de formas, uso de materiais reciclados assim como tipografias psicodélicas e objectos não funcionais foram ganhando cada vez mais aceitação entre os jovens designers que faziam exactamente aquilo que era considerado errado no "Bom Design" funcionalista.
A industrialização dos bens de consumo, a produção em série e o consumismo que veio
com a modernidade fez com que os designers começassem a questionar os objectos que
projectavam. Eram eles idealizadores de produtos, mas eram incapazes de controlar o significado ou o uso final desses objectos, o que deu origem a um conflito ideológico entre as
suas práticas profissionais e as suas preocupações sociais. Nessa época começaram os estudos
sobre o significado dos objectos. A preocupação dos designers italianos era transmitir