Antecedencia e Incidencia de epilepsia
Estudos com gêmeos mostraram uma concordância maior para epilepsia entre monozigóticos que em dizigóticos, especialmente quando focados nas epilepsias sem causa identificável. A concordância entre gêmeos univitelinos com relação à epilepsia essencial é superior a 80%. Entre os filhos de pessoas portadoras de epilepsia essencial foi encontrada uma probabilidade de adoecer de epilepsia essencial de 4%, enquanto entre a população geral é cerca de 0,5%.
A incidência familiar da epilepsia é maior em pacientes cujas convulsões se iniciam mais tardiamente e em pacientes de sexo feminino.
INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA
A epilepsia é uma doença crônica, com elevados índices de incapacitação e prejuízo funcional. É problema de saúde cuja prevalência está entre 5 e 10 casos para cada 10.000 pessoas nos países desenvolvidos, podendo ser maior nos países em desenvolvimento. Embora em grande parte das vezes seu prognóstico seja favorável, a epilepsia é a segunda causa de incapacidade mental, particularmente em pacientes jovens.
Há poucos dados epidemiológicos precisos sobre a epilepsia no Brasil. Se for considerada hipoteticamente a prevalência como sendo 16,5/1.000, semelhante à uma pesquisa feita na cidade de Porto Alegre, e levando em conta os dados demográficos oficiais, o Brasil teria, em agosto de 2000, em torno de 2.800.000 pacientes com epilepsia. Considerando estatísticas norte-americanas, mesmo com tratamento adequado, cerca de 20% dos casos, ou aproximadamente 560.000 brasileiros, seriam refratários ao tratamento medicamentoso, necessitando, portanto, de tratamento de referência.
A taxa de incidência é estimada entre 26 e 70/100.000 pessoas/ano. A epilepsia se inicia precocemente: 20% dos casos antes dos 10 anos de idade, 50% antes dos 20 e somente 15% depois dos 50%. Os ataques tardios têm uma probabilidade maior de estarem associadas com lesões cerebrais orgânicas significativas. Somente 28% das convulsões em recém-natos e crianças