Psicossomática e câncer
Ocupamo-nos aqui do enfoque psicossomático em cancerologia. A Medicina Psicossomática, no caso a Psiconcologia, pretende “ler” escutar e compreender a enfermidade, a partir do paciente.
Um exame físico e centenas de determinações bioquímicas e radiológicas podem demonstrar que um homem está “normal”. Uma única entrevista psicossomática adequada pode nos mostrar que esse mesmo homem está gradativamente enfermo.
II – O QUE É PSICOSSOMÁTICA? (*)
Durante séculos e mesmo até Freud, admitia-se que as doenças eram causadas por agentes externos, com exceção dos males congênitos e hereditários.
O advento da psicanálise e sua progressiva aceitação revolucionaram esse conceito e introduziram um novo: o de que algumas doenças ou males do corpo constituíam uma mera expressão dos males do espírito, ou seja, provinham de dentro da pessoa.
A Medicina Psicossomática, relativamente recente, organizou-se aproximadamente há cinqüenta anos. O termo psicossomática surgiu a partir do século passado, quando Heirolth introduziu - o em Medicina em 1918. A " Psicossomática" exprimia sua crença na influência das paixões sexuais sobre as doenças ( tuberculose, epilepsia e câncer). Em 1928, Heirolth definiu o termo Somatopsíquico para assinalar doenças em que o fator corporal modificava o estado psíquico.
No século vinte, o interesse pelos aspectos constitucionais, sociais e psicológicos de uma patologia foi relegado ao segundo plano, conseqüentemente, em parte, ao espetacular crescimento do conhecimento sobre a patologia celular e bacteriologia. A retomado do interesse pela abordagem psicossomática da medicina deu-se nas últimas décadas.
O termo Medicina Psicossomática universalizou-se e consagrou-se, embora a Organização Mundial de Saúde tenha recomendado que deveriam ser efetuados esforços no sentido de encarar a Medicina Psicossomática como, a maneira de que se deva exercer a Psiquiatria dentro do espaço médico e não reservar apenas a um número restrito de