Anos 20 - arte e cultura
A Semana de Arte Moderna realizou-se no Teatro Municipal de São Paulo nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. A conferência de Graça Aranha intitulada "A emoção estética da arte moderna" abriu o evento. Houve ainda palestras, conferências e discursos de escritores como Ronald de Carvalho, Menotti Del Picchia, Mário de Andrade[->0] e Oswald de Andrade[->1].
Entre os pintores que participaram da Semana estavam Anita Malfati[->2], Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Oswaldo Goeldi, John Graz, Zina Aita, Inácio da Costa Ferreira, João Fernando de Almeida Prado, Antônio Paim Vieira e Alberto Martins Ribeiro. Tomaram parte também os escultores Vitor Brecheret, Wilhelm Haerberg e Hildergardo Leão Veloso, e os arquitetos Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel.
Os músicos modernistas que participaram da Semana foram Villa-Lobos[->3], Guiomar Novaes, Ernani Braga, Frutuoso Viana, Paulina D'Ambrosio, Lucília Villa-Lobos, Alfredo Corazza, Pedro Vieira, Antão Soares, Orlando Frederico e outros coadjuvantes. A dança teve a contribuição de Yvonne Daumierie.
Vários outros escritores estiveram presentes, dando apoio aos conferencistas. Entre eles, Guilherme de Almeida, Agenor Barbosa, Plínio Salgado[->4], Cândido Mota Filho, Renato de Almeida, Sérgio Buarque de Holanda[->5], Paulo Prado, Henri Mugnier, Rubens Borba de Morais e Luís Aranha.
Modernidade Carioca
Os artistas e intelectuais cariocas dos anos 20 reagiam à idéia do modernismo como movimento cultural organizado. Manuel Bandeira[->6], um dos expoentes da poesia modernista, sempre declarou que seus escritos haviam-se inspirado mais na vivência das rodas boêmias cariocas do que em discussões intelectuais.
No Rio de Janeiro, o intercâmbio entre os artistas e intelectuais e as camadas populares ocorria de fato muito mais no espaço informal das ruas, dos cafés, das festas de igreja, como a da Penha, das casas de santo, como a da Tia Ciata, e dos carnavais. Desde o início do século, e