Anodos
Por que sacrificá-los?
O que têm em comum um cubo de metal prateado aparafusado ao corpo da rabeta, um anel prateado fosco em volta do torpedo do hélice ou uma placa espessa de um cinza fosco aparafusada no leme, parecendo adaptação? Muitas vezes estas peças estão esbranquiçadas e esburacadas e a rabeta ou o leme estão com pontos da tinta estourando de dentro para fora. Todas essas peças são os chamados anodos de sacrifício.
Como funcionam
A imersão em água salgada de dois metais diferentes cria uma pequena corrente elétrica. Essa corrente provoca uma galvanização por meio de uma eletrólise. O resultado dessa eletrolise é deterioração do metal de maior condutividade elétrica, tecnicamente chamado de anodo.
A corrente elétrica flui do negativo para o positivo, num sistema em que o negativo é o metal de menor condutividade, chamado tecnicamente de catodo.
O anodo de sacrifício foi desenvolvido para ser corroído (dissolvido) no lugar das partes do motor imersas na água salgada , como a rabeta, o leme ou os eixos. O zinco ou liga de zinco com alumínio (conhecido como alumínio podre) são os melhores anodos para água salgada. Já em água doce, a eletrólise é bem menor e a liga de magnésio é o anodo mais recomendado.
O anodo deve ser aparafusado ao corpo do motor na parte submersa, onde está aterrado o negativo da bateria, assim melhorando o fluxo da corrente elétrica e fazendo com que ele trabalhe a seu favor. Nada adianta colocar um anodo fora da água, pois ele não terá função nenhuma.
A utilização de muitos anodos pode provocar um efeito contrário ao esperado. Muitos metais farão com que a massa do anodo fique mais “dura” do que o corpo do motor, e assim a corrosão se daria no sentido inverso, preservando o anodo e castigando os materiais mais nobres.
Quando e por que devem ser trocados?
A vida útil do anodo vai depender do tempo de exposição à água salgada. A velocidade de corrosão é mais rápida quando o