Anna Freud
Durante o período de latência, o superego da criança se desenvolve através da assimilação dos valores e princípios morais que lhe são apontados pelas pessoas com as quais ela se identifica. Esse processo substitui o medo infantil do mundo exterior pela ansiedade produzida pelo superego ou consciência. Desenvolve o senso do certo e do errado e experimenta sentimento de culpa, quando seu comportamento discorda do código moral. Assim, a ansiedade do superego resulta da identificação com seus pais ou outras autoridades importantes e da interiorização do sistema de valores morais destes. Durante a infância a inibição dos impulsos do id, no mais das vezes, se deve ao medo do castigo, originado no ego, e aparece quando o comportamento inspirado pelo id se materializa. O comportamento é também controlado pelo poder parental de recompensar, física ou psicologicamente. Durante a pubescência, o ego, cedendo aos impulsos do id, entra em conflito com os padrões morais já interiorizados do superego. A criança experimenta a frustração interna quando uma figura de autoridade interfere na obtenção do objeto almejado. O pubescente, por outro lado, experimenta frustração interna uma vez que a obtenção do objeto visado é dificultada por inibições internas originárias da consciência. O